sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Feliz Nova Mentalidade em 2013

Prezados amigos;

É muito comum desejarmos feliz ano novo na virada do ano, quase que de uma forma automática. Certamente todos desejam isso de verdade. Mas, em geral, desejamos e deixamos que o destino faça a sua parte. Não apresentamos nenhuma proposta para que o ano novo seja realmente novo.

Assim, decidi que esse ano vou desejar FELIZ ANO NOVO para todos, mas com uma proposta de renovação e preservação. Renovação das nossas práticas e condutas e preservação, por conta dessas novas práticas, do meio ambiente.

O que eu quero propor é o seguinte: Que janeiro de 2013 seja o início não apenas de um novo ano, mas, sim, de uma nova forma de enxergar a nossa conduta na Terra, nosso comportamento em relação as riquezas e reservas existentes em nosso planeta. Uma nova mentalidade.

Nós, seres humanos, por questão de uma educação voltada para o consumo, entendemos que o melhor para todo mundo é consumir muito. Isso gera empregos, que deverão produzir os produtos que iremos consumir, traz riquezas para as pessoas e para as nações. Em parte isso é verdade. Mas se continuarmos a fazer isso sem nenhum tipo de compensação com o ambiente, logo iremos exaurir as riquezas do nosso planeta e as gerações futuras não terão a mesma qualidade de vida que nós estamos tendo.

No meu ponto de vista, a existência humana está baseada em dois fatores preponderantes.  Geração de energia e utilização dos recursos naturais. Energia e meio ambiente. Como fazer um "alongamento" da nossa capacidade de continuar gerando energia e consumindo recursos naturais e garantir o abastecimento de recursos para gerações futuras? Aí é que entra a minha proposta de Feliz Mentalidade Nova em 2013!!!

Claro que sempre existirão outras propostas tão ou mais importantes que a minha, entretanto, o que realmente trará a possibilidade de esperanças em um futuro com qualidade para as novas gerações será a união de todas essas propostas. Agora quero fazer a minha.

Como eu disse, o mundo depende, inexoravelmente, de energia. Tudo o que fazemos pressupõe a utilização de energia. Imagine fazer o pão nosso de cada dia. O nosso pãozinho vai, em geral, para um forno elétrico e depois de um tempo, vira o pãozinho que usamos no café da manhã e em outras refeições. A roupa que vestimos tem o tecido cortado por máquinas movidas a eletricidade, costuradas em máquinas a eletricidade. Depois despachadas em caminhões ou carros, produzidos por máquinas, essencialmente, movidas a eletricidade. E o combustível? Processado em refinarias que necessitam de grande quantidade de energia para funcionamento, mas utilizando recursos extraídos da natureza. E por aí vai.

Em uma de minhas publicações anteriores falei dos 3 R´s (reduzir, reutilizar, reciclar), que é o ponto de partida, para mim, dessa nova mentalidade. Se eu digo que energia é ponto fundamental no modelo de economia que temos, preservar energia é, então, fundamental. Mas não é, simplesmente gastar menos energia (reduzir) é também aproveitar a energia latente existente nos resíduos (reciclar) e reutilizá-la.

Então, o que devemos fazer é, basicamente, o seguinte: estimular muito mais a reciclagem de matérias primas, de forma que sejam aproveitados, no máximo possível, os recursos embutidos nesse material atualmente descartado. Muito do que hoje é encaminhado para "lixões" poderia ser integralmente reciclado, se tivéssemos ações de amplo espectro, voltadas para a reciclagem. Sabemos que o Brasil é um dos maiores, senão o maior reciclador de alumínio oriundo de latas de refrigerantes, cervejas e outros tipos de bebidas. Muitos dizem que isso acontece por ainda sermos um país muito pobre e as pessoas precisarem reciclar as "latinhas" para poder obter algum tipo de recurso para sobreviverem. Independentemente do motivo, a economia de energia é muito grande quando reciclamos as tais das "latinhas". Para quem não sabe, alumínio é, basicamente, bauxita e energia.

Utilizando a famosa frase "Pensar Global, Agir Local", a nova mentalidade pressupõe benefícios para toda a humanidade, mas que dependem de ações específicas e pontuais. De cada um de nós.

Vejo nesse movimento de Nova Mentalidade grupo de pessoas, condomínios, entidades, bairros ou comunidades totalmente envolvidas no papel de preservar a energia importante para todos nós e fazer com que os recursos a serem reciclados sejam responsabilidade de todos, isto é, todos participam e todos são beneficiados.

Como exemplo, posso citar iniciativas na Inglaterra onde as pessoas, que fazem parte dos grupos descritos acima, se responsabilizam pela adequada disponibilização dos resíduos por elas produzidos e o Estado disponibiliza os espaços adequados. É óbvio que o Estado, deve fazer a sua cota, oferecendo possibilidades para a reciclagem, não apenas da forma que é feita hoje em dia, com algumas "lixeirinhas" específicas. Devem existir amplos locais, de fácil acesso a população, que irá disponibilizar seus resíduos em lugares adequados e que o resultado da reciclagem seja claramente demonstrado e os benefícios repartidos com toda a sociedade, pelo menos com aquela que mais precisa.

Como poderemos fazer com que isso aconteça? Ainda como parte dessa Nova Mentalidade, cada um de nós deve exigir de seus governantes, conselheiros comunitários, administradores regionais, diretores de associações e síndicos que se unam, em rede, de forma que todos juntos se responsabilizem pelo recolhimento dos resíduos que serão reciclados. Hoje em dia já existe fábrica de reciclagem de lixo, temos reciclagem de plástico, de alumínio, de papel e de tantos outros elementos, mas, em geral, o custo para a recolocação no mercado de produtos reciclados ainda é muito alto. Isso é motivo para muitas pessoas optarem pelos produtos originais, não reciclados, que acabam tendo um custo menor. Mas isso acontece porque não temos volume de produção para transformar o produto reciclado comercialmente atrativo. Se a rede funcionar adequadamente, teremos volume de produção tal que permitirá custos operacionais suportáveis e aceitáveis pelo mercado consumidor.

Assim, minha proposta para o ano novo é criar condições para que todos possam alongar a existência dos recursos naturais existentes, reutilizando os materiais existentes, preservando energia e criando a possibilidade de melhoria da qualidade de vida de gerações futuras. Isso é para os nosso filhos, netos, etc, etc...

Se alguém desejar discutir mais sobre esse assunto comigo, escreva para prof_marcelo_pereira@yahoo.com.br e terei o maior prazer em desdobrar mais sobre o assunto.

FELIZ ANO NOVO. Com NOVA MENTALIDADE. FELIZ 2013!


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